quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Numa madrugada quente e abafada sinto um vento friu entrar pela janela, estando eu apenas na compania dos meus pensamentos, não sei se esse vento vem completar a solidão que sinto ou trazer a esperança de um novo dia onde tudo pode mudar.

Vivo na solidão, em busca de algo que não sei o que é, que talvez já tenha encontrado e sem perceber acabei deixando passar como água escorrendo em meus dedos por está dando valor e lutando por algo que hoje já não faz nenhum sentido.

Dentro de mim existe apenas dor de um coração totalmente despedaçado, um coração que precisa continuar vivendo sem o tempo ter dado tempo para cura suas feridas e sua dor. Todas as noites o fantasma do passado vem atormentar meus sonhos. Ah! esse sorriso que trago é apenas um disfarce barato para enganar a mim mesma sobre a minha dor e continuar fingindo que ta tudo bem, que tudo isso logo passa, só tem um pequeno detalhe é que o tempo nunca foi meu amigo. Se existe mesmo uma entidade superior que governa o mundo, ela está usando dos meios tecnologicos mais avançados para me bloquear e não receber meus pedidos de socorro.

Meus pensamentos muitas vezes são confusos e insanos, não espero que gostem deles, apenas preciso escrever ou não suportarei levar minha ridicula existencia até o fim.


Eu sou a que no mundo anda perdida,

Eu sou a que na vida não tem norte,

sou a irmã do sonho, a da sorte

Sou a crucificada... a dolorida...

Sombra de neve tênue e esvaecida,

e que o destino amargo, triste e forte,

Impele brutalmente para a morte !

Alma de luto incompreendida !


Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam de triste, sem o ser...

Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que alguém sonhou.

Alguém que veio ao mundo para me ver

e que nunca na vida me encontrou !

( Florbela Espanca )

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