quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Os energéticos da vida


Era hora do jantar, estava sentada em uma mesa de restaurante, olhando para o nada e para o tudo que existia do outro lado da janela de vidro, os pensamentos estavam misturados, pois as lembranças de alguns acontecimentos do passado insistiam em querer me fazer desacreditar que duas pessoas pudessem  amar-se mutuamente como nos filmes  -  É tudo é culpa dos filmes e dos romances melódicos se eles não existissem talvez nossa triste existência se tornaria mais feliz, ou não. Vai saber.

Voltando para a sena.

Alguns minutos depois entra um casal, o homem aparentava ter trinta anos, branco, cabelos castanhos, olhos claros, alto, forte, aquele tipo que chama a atenção aonde chega. A mulher um pouco mais nova, um pouco mais baixa, magra, com um lenço na cabeça e sua face aparentava um cansaço. Sim, dava pra perceber claramente que ela estava doente e o lenço servia para disfarçar a perda de cabelo.

O casal chamou a atenção de todos ao entrarem no restaurante, e continuaram chamando a atenção, pelos olhares amorosos, os gestos de carinho, os toques delicados nas mãos e nos rostos, os sorrisos e os beijos doces. Sabe, parecia que eu estava ali, sendo figurante daquelas senas belíssimas dos filmes, que ficam por dias em nossas mentes. Só que não era uma cena de filme era real. Mas isso não me impediu de imaginar um filme sobre a história do casal, sobre como se conheceram, quando casaram, o que acontecia com a moça.

Apesar de todos os enredos criados por mim, eles terminaram o jantar, levantaram e saíram sorridentes de mãos dadas. Nunca saberei a verdadeira história. Mas uma coisa descobri, que as coisas ruins vividas, são apenas passado e não adianta vivermos lá sem esperança, pois o passado não nos leva a nenhum lugar.  E talvez esse amor eterno realmente exista, talvez os autores criem suas obras baseadas em senas reais como essa e talvez elas sirvam pra renovar nossos sonhos e  esperanças. Pois o que seria de nós, meros mortais sem eles.
Agradeço ao casal, que me trouxe de volta os energéticos da vida. 



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